Na minha igreja é comum tirarmos de 1 ano e meio a 2 anos para fazer trabalho missionário voluntário, e durante esse tempo a gente aacba se comunicando com a família e amigos por cartas e e-mails. Era muito interessante porque as novidades imediatas iam nos e-mails, mas de vez em quando eu gostava de mandar cartas físicas exatamente por essa qualidade de "túnel do tempo". Palavras como "hoje" e "amanhã" no e-mail costumavam ser mesmo hoje e amanhã, mas nas cartas elas perdiam todo o significado. Para o meu amigo que serviu no Japão eu sabia que a carta ia demorar tanto para chegar que o texto todo foi uma reflexão sobre "você deve estar com saudade de falar português, né?". Um senhorzinho que ensinei na missão imprimia materiais legais e me mandava junto com as cartas dele, e agora eu tenho umas 20 receitas de cookies e brownies para testar. Em algum lugar eu acho que tenho uma carta para mim mesma, para ser lida antes do meu casamento. E, claro, a carta devastadora que não era para mim, mas que eu acabei recebendo: "P.S.: a Ana não sabe da cirurgia". Que cirurgia, mãe??? Infelizmente já faz uns anos que devo uma resposta para aúltima carta que recebi, e tenho vergonha de retomar o contato dizendo "eu fui adiando e esqueci", mas eu sinto falta de ter cartas na minha vida de novo.
Ebaaa, feliz que gostou da edição! Quanto à carta, te mandei depois de escrever esse texto (tem um tempinho já). Será que extraviou e não chegou aí? 😩 (Ou tu já mandou outra que não respondi ainda?)
“precisamos falar sobre o kevin” é tão maravilhoso e trágico ao mesmo tempo. foi a partir dele que descobri lionel shriver e descobri outras maravilhas que ela escreveu, como “o mundo pós-aniversário”, “dupla falta” e “o grande irmão”. quanto às cartas, também acho interessantíssimos os fragmentos de vida que elas revelam, porque os autores escreviam de forma mais livre e sincera, tendo destinatários próximos e específicos. cabe nelas o que talvez não pudesse (ou quisessem) ser dito em público.
Esse livro é incrível mesmo! Ainda preciso ler outras coisas dela. E essa coisa de as cartas serem espaços de escritos mais livres e sinceros também me interessa muito.
Na minha igreja é comum tirarmos de 1 ano e meio a 2 anos para fazer trabalho missionário voluntário, e durante esse tempo a gente aacba se comunicando com a família e amigos por cartas e e-mails. Era muito interessante porque as novidades imediatas iam nos e-mails, mas de vez em quando eu gostava de mandar cartas físicas exatamente por essa qualidade de "túnel do tempo". Palavras como "hoje" e "amanhã" no e-mail costumavam ser mesmo hoje e amanhã, mas nas cartas elas perdiam todo o significado. Para o meu amigo que serviu no Japão eu sabia que a carta ia demorar tanto para chegar que o texto todo foi uma reflexão sobre "você deve estar com saudade de falar português, né?". Um senhorzinho que ensinei na missão imprimia materiais legais e me mandava junto com as cartas dele, e agora eu tenho umas 20 receitas de cookies e brownies para testar. Em algum lugar eu acho que tenho uma carta para mim mesma, para ser lida antes do meu casamento. E, claro, a carta devastadora que não era para mim, mas que eu acabei recebendo: "P.S.: a Ana não sabe da cirurgia". Que cirurgia, mãe??? Infelizmente já faz uns anos que devo uma resposta para aúltima carta que recebi, e tenho vergonha de retomar o contato dizendo "eu fui adiando e esqueci", mas eu sinto falta de ter cartas na minha vida de novo.
Que relato incrível, Ana! Imagino a sensação de estar longe de casa e usar as cartas pra registrar esses sentimentos.
Quanto a ter cartas na sua vida novamente, se quiser, me manda seu endereço por DM que podemos mudar isso aí :)
Tô no aguardo da minha carta e adorei essa edição. 😍
Ebaaa, feliz que gostou da edição! Quanto à carta, te mandei depois de escrever esse texto (tem um tempinho já). Será que extraviou e não chegou aí? 😩 (Ou tu já mandou outra que não respondi ainda?)
Acho que chegou e eu respondi! Deve chegar a sua logo logo.
“precisamos falar sobre o kevin” é tão maravilhoso e trágico ao mesmo tempo. foi a partir dele que descobri lionel shriver e descobri outras maravilhas que ela escreveu, como “o mundo pós-aniversário”, “dupla falta” e “o grande irmão”. quanto às cartas, também acho interessantíssimos os fragmentos de vida que elas revelam, porque os autores escreviam de forma mais livre e sincera, tendo destinatários próximos e específicos. cabe nelas o que talvez não pudesse (ou quisessem) ser dito em público.
Esse livro é incrível mesmo! Ainda preciso ler outras coisas dela. E essa coisa de as cartas serem espaços de escritos mais livres e sinceros também me interessa muito.
Obrigada pela leitura e pelo comentário, Pedro!